De acordo com Sérgio Seibel, psiquiatra e doutor (PhD) em Saúde Mental, a dependência de substâncias pelo indivíduo é constante e em longo prazo. Independente da substancia utilizada, o dependente sempre buscará obter um efeito rápido do produto, visando o seu bem-estar.

“Para alcançar a sensação de bem-estar o indivíduo elege uma substância ou um conjunto dessas e uma via de introdução adequada para manifestação e manutenção do efeito procurado. Quanto maior a necessidade, maior é a urgência do consumo, criando uma busca compulsiva pelo entorpecente”, explica Seibel.

Os motivos pelos quais as pessoas fazem uso dessas substâncias são estudados há vários anos. Pesquisas revelam que a busca por novas sensações sempre estão ligadas ao consumo. Seria uma maneira de expandir a consciência, com as mais diferentes motivações: místico-religiosas, exploração do potencial artístico-criativo, terapêuticas ou para poderem suportar as relações interpessoais cada vez mais difíceis.

“O conceito de dependência foi modificado há alguns anos. Atualmente, de forma não qualificada, a dependência refere-se a dois elementos: físicos e psicológicos”, afirma Seibel.

Em casos de overdose ou superdose, o indivíduo faz uso de qualquer droga em quantidade suficiente para provocar, de forma aguda, efeitos físicos ou mentais indesejáveis. A superdose deliberada pode ser um meio comum de suicídio ou de tentativa de suicídio.

“Podemos dizer que cada pessoa tem seu limiar de reação ao consumo. Pode acontecer, no entanto, de uma pessoa estar acostumada a comprar uma quantidade específica de, por exemplo, cocaína, com um determinado traficante e, por uma razão qualquer, troca-se o fornecedor. Se este vende uma substância com um grau de pureza maior, a pessoa pode vir a falecer em consequência de uma overdose ao consumir uma quantidade de cocaína, em tese, igual à sempre consumida”, esclarece Seibel.
Fonte: Redação Helplink