Um conceito de mundo bastante comum é que a Terra foi criada ou formada por um ser primordial ou por uma matéria primordial. Porém a mitologia nórdica conta a história dos deuses que mataram Ymer, o gigante da montanha, e do seu corpo formaram o mundo.
Os gregos imaginavam o mundo como uma confusa massa (caos) que foi organizada por um poder divino e se transformou no mundo ordenado que hoje conhecemos (cosmos).
A criação pode ser vista ainda como uma espécie de nascimento, semelhante ao dos seres humanos e animais. No Egito antigo, circulava a ideia de que o mundo tinha saído de um ovo, ao passo que a religião xintó explica que as ilhas japonesas são os filhos do divino casal que criou o mundo.
A história da criação contada aos judeus e cristãos no Livro do Gênesis não menciona nenhum material ou substância primordial: conta de uma criação feita do nada. É por meio da palavra falada que a criação ocorre. Deus disse: “Haja luz”, e a luz se fez.
Conclusão, os aspectos analisados no decorrer da história em relação a origem do universo nos levam pelo caminho da fé, mesmo atualmente com todo tecnologia disponível a origem de tudo continua sendo um mistério.
Mas e o Big Bang?
Na década de 1920, o astrônomo americano Edwin Hubble procurou es-tabelecer uma relação entre a distância de uma galáxia e a velocidade com que ela se aproxima e se afasta de nós.
Num primeiro momento, poderíamos pensar que, afinal, estamos no centro do universo, um lugar privilegiado. Todas as galáxias sabem que estamos aqui e por alguma razão fogem de nós. Essa explicação parece pouco copernica-na. A essa altura dos acontecimentos, ninguém mais acreditava na centralidade cósmica do homem. Precisamos achar, então, outra explicação.
Lei de Hubble
A outra explicação pode ser facilmente entendida se fizermos uma analogia bidimensional do universo. Costumamos dizer que vivemos num universo de três dimensões espaciais: podemos andar para a frente, para os lados e pular para cima. Além disso, existe a dimensão do tempo. Essas quatro dimensões compõem o espaço-tempo do universo em que vivemos. Poderíamos imaginar outros universos. Do ponto de vista matemático, podemos imaginar, por exemplo, universos bidimensionais. A superfície de uma bola é uma entidade de duas dimensões, assim como o é a superfície de uma mesa.
Poderíamos, agora, imaginar a superfície de uma bexiga de aniversário como um universo bidimensional. Sobre a sua superfície poderíamos desenhar galáxias bidimensionais, povoadas por formigas também de duas dimensões. Algumas dessas formigas poderiam ser astrônomas cuja tarefa seria observar outras galáxias, medir suas distâncias e velocidades.Imaginemos, agora, que alguém sopre na bexiga de tal forma que ela se expanda. O que a formiga-astrônoma vai observar? Que as galáxias próximas se afastam lentamente ao passo que as galáxias distantes se afastam rapidamente do observador. Isto é, a formiga descobriu a Lei de Hubble.
Se, por hipótese, em vez de uma bexiga em expansão, ela estivesse se esvaziando, em contração, a formiga verificaria que todas as galáxias se aproximam uma das outras; um efeito contrário ao da Lei de Hubble. Portanto, essa lei mostra que nosso universo está em expansão! Isto é, no futuro ele será maior e no passado foi menor do que ele é hoje. Quanto mais no passado, menor. Até que poderíamos imaginar a bexiga tão pequena que se reduziria a um ponto. A esse ponto inicial, a idéia de que o universo surgiu de uma explosão no passado, chamamos de Big Bang. Desde então, ele está se expandindo, até hoje, e a lei de Hubble é a confirmação disso. Há quanto tempo teria acontecido isso? As indicações mais recentes são de que o Big Bang ocorreu há 13,7 (± 0,2) bilhões de anos.
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